Thursday, November 24, 2005

Krassimir Genichev BALAKOV

Aproveitando a sua presença nos prémios "Rugidos de Leão", escrevo sobre o grande Bala! É o meu jogador preferido de sempre do Sporting! Balakov era um génio do futebol, um artista que punha toda uma equipa a funcionar e que abrilhantava o jogo com lances de pura magia, muitos dos quais dificilmente se esquecerão. Quem não se lembra de um golão de pé direito, aos 12 segundos de um Sporting-Benfica? E de um golo em Setúbal em que pega na bola atrás do meio campo e ultrapassa vários adversários (guardião incluído)? E os chapéu a Preud´Homme e a Alfredo (num jogo com o Boavista em que Juskowiak marcou de bicicleta) ou ainda um grande golo de cabeça ao Grasshoppers, na Suiça? Estes e outros golos ficarão para sempre na memória dos sportinguistas...
Chegou ao Sporting a meio da época 1990/91 vindo do clube búlgaro ETAR Trnovo. Estreou-se frente ao Penafiel em Janeiro de 1991 e rapidamente demonstrou as qualidades que o tornariam figura incontornável do clube e ídolo dos adeptos. Já era o expoente máximo da equipa nas épocas anteriores mas a grande temporada de Bala no Sporting foi em 1993/94. Nesse ano, apontou 21 golos!! Foi o melhor marcador da equipa no campeonato e na Taça de Portugal. Nas meias finais desta competição, Balakov apontou 5 golos ao Lourosa numa goleada de 6-0 em Alvalade. Coroando uma época memorável a nível individual, Bala foi um dos obreiros da fantástica participação da Bulgária no Mundial dos Estados Unidos, alcançando o quarto lugar.
Permaneceria em Alvalade na época seguinte mas, apesar de continuar em muito bom plano, ficou na sombra de um Figo que apareceu a um nível fantástico, em 1994/95. Felizmente, quis o destino que o último jogo de Balakov (e já agora, de Figo também) coincidisse com a conquista do único troféu com a camisola verde e branca. Foi na final da Taça de Portugal, em que o Sporting venceu o Marítimo por 2-0, com dois golos de Iordanov. Bala sairia então para o Estugarda, onde também se tornou num símbolo do clube.
Em 4 épocas e meia ao serviço do Sporting (entre Janeiro de 1991 e Maio de 1995), Bala realizou 168 jogos e apontou 59 golos. Um jogador que deixou muitas saudades! Quem sabe se não regressará brevemente ao clube noutras funções?

14 comments:

Anonymous said...

Foi dele o chapéu na Luz? Não foi do Iordanov? É aquele lance da má reposição do Preud'Homme?
Falando do Balakov: magnífico. Era extremamente rápido, técnicista de primeira, excelente pontapé, visão de jogo, passe e golos. E metia a "menina" cheia de veneno, nos cantos e livres. Para mim foi o melhor estrangeiro que vi jogar em Portugal.

Peyroteo said...

O Iordanov também marcou nesse jogo mas num balázio perto da área. O do Balakov foi nesse lance da má reposição do Preud´Homme.

Anonymous said...

Não tenho adjectivos para o meu jogador preferido de sempre. Foi simplesmente o Maior!

E pensar que o Sousa Cintra o apresentou da seguite forma: "Aqui está o substituto do Careca"! :)

Por falar nisso, o careca merece um post não?

bgvp said...

G e n i a l

Croissants said...

Era tão bom que estava sempre a ser aumentado, pois veio com um dos ordenados mais baixos do plantel.
O golo em Setúbal só está ao alcance dos predestinados, pois quase em queda consegue ludribiar os defesas sadinos, e não foram assim tão poucos.
Foi também um dos meus jogadores de eleição, juntamente com o Pedro Barbosa.
Lembro-me bem do seu último jogo, quando foi substituido salvo erro pelo Sá Pinto recebeu uma enorme salva de palmas da nação sportinguista.
Deixa saudades e muitas. Estavamos a precisar dele.

Rui said...

Grande jogador, dos melhores que passaram pelo Sporting (o já recordado Luisinho foi outro).

Grande golo o da gélida noite contra as galinhas logo nos segundos iniciais.

Sector: Parece-me que o critério do Peyroteo é a qualidade, os baldoseros ficam lá fora!!!

Peyroteo said...

Atenção! Eu vejo sempre falarem do Careca como um grande barrete mas eu não tenho a mesma opinião. O Sousa Cintra criou foi uma expectativa demasiado alta para ele. Era um jogador lento mas com técnica bem acima da média. Na primeira época fez 30 jogos no campeonato e 8 golos, o que não é mau para um médio-ofensivo. Tem uma das melhores jogadas que vi no Sporting, na Bélgica, frente ao Malines. A meio do meio-campo adversário, passa entre dois adversários que chocam um com o outro e depois assistiu o Cadete para este fazer um chapéu perfeito ao Preud´Homme. Na segunda época, o Careca fez apenas 3 jogos...

Bulhão Pato said...

O Bala foi, para mim, o melhor estrangeiro que vi jogar pelo Sporting. Para além dos golos que destacaste (em Setúbal e na Luz), lembro só mais um: um livre directo contra o Espinho, a mais de 30 metros de baliza.
Foi grande e poderia ter ficado mais tempo no Sporting!
Peyroteo, abriste a caixa de Pandora. Lá vou ter de procurar as cassetes do Sporting de 1990 a 1995. Já tenho programa para o fim de semana. Abraços.

Anonymous said...

Depois de Hector Yazalde, para mim o Balakov foi o melhor estrangeiro que passou pelo Sporting. Era um jogador com uma técnica sublime e que aprendeu a ser "leão" como poucos.
Grande Bala, quem sabe se um dia não será treinador do Sporting, qualidades humanas não lhe faltam, conhecimentos futebolísticos também não.

Rui said...

Atenção Gonçalo que esse jogo, se não me falha a memória, marca o ponto de rotura do Bala com Queiroz, que nessa noite no Domingo Desportivo o critica duramente, e leva mais que provavelmente á decisão da sua saída do Clube.

A verdade é que eu me lembro de um Bala demasiado nervoso a afirmar algo do genero "isto não pode continuar, vou falar com o Sousa Cintra", o que levou depois á noite o CQ a qualificar o tratamento por tu dado a SC como desrespeituoso para com a 1ª figura do Sporting.

Não terá sido tão mau como o qualificou CQ, mas a atitude do Bala também não foi a mais correcta.

Anonymous said...

só tenho um desgosto, que o grane bala não tenha cumprido o seu sonho de ser campeão pelo sporting

MB said...

Sou benfiquista, mas sempre gostei de ver o Balakov jogar.

O único problema dele é que (felizmente) raramente aparecia nos jogos grandes.

Da Rocha said...

Juntando outro golo à galeria:

um chapéu magnífico ao Alfredo Castro num Sporting 3-1 Boavista que valeu a liderança em 93/94, um dia depois do Benfica ter perdido na Maia com o Salgueiros, golo do Sá Pinto.

Esse jogo foi o maior festival de futebol ofensivo que vi no meu Sporting. 3-0 num espaço curto de minutos, com golaços de Figo, Jusko (bicicleta) e Bala. :)

Bons tempos. E eu tinha 8 anos apenas... quando tiver 80 espero poder lembrar-me disto.

Abraço, Peyroteu.

Saudações Desportivas

Da Rocha said...

Oh! Esqueçam o comentário anterior.

Li o post na diagonal e fiquei logo cheio de curiosidade para ver o que diziam. Depois li os comentários todos e fui todo convencido acrescentar o jogo com o Boavista como "marco da minha vida".

Só depois é que fui ler o post do Peyroteu e é que pude constatar que não estava a acrescentar nada de novo. ;)

Abraços!